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São poucos os doadores com até 10 anos


O Dia Mundial do Coração, celebrado em 29 de setembro, é uma data para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de cuidar da saúde desse órgão, tão essencial à vida. Para as crianças com cardiopatia – e mesmo para os adultos – que aguardam um transplante, o primeiro semestre de 2017 não trouxe grandes motivos para comemoração.

No Brasil, a taxa de transplantes cardíacos caiu 3,6%, segundo dados da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), ainda que o número de transplantes de outros órgãos tenha crescido. Mas a tendência é que volte a crescer ainda este ano!

De um total de 4.208 transplantes de órgãos realizados no Brasil entre janeiro e junho de 2017, apenas 172 foram de coração. Desses, 51 foram feitos em São Paulo. O número total ainda é baixo, mas a dificuldade tem muitas causas: desde, claro, a negação das famílias que perdem um ente querido em doar órgãos, mas também o fato de que o coração nem sempre está em excelente estado para que seja realizado o procedimento. Apenas 10% dos corações retirados de doadores são aproveitados, em comparação, por exemplo, a 70% dos rins e 55% dos fígados.

De janeiro a junho de 2017, havia 44 crianças na fila para transplante de coração (28 em São Paulo, 7 no Ceará, 5 no Rio Grande do Sul e 4 no Rio de Janeiro). No mesmo período, os doadores abaixo dos 10 anos de idade correspondiam apenas a 3% do total no Brasil no primeiro semestre.

É uma realidade difícil para os pais de crianças que aguardam por um transplante, mas nada de desânimo! O momento é de reforçar a necessidade de doação de órgãos e o que ela significa para que os pais, mesmo no momento difícil da perda de um filho, tenham a consciência de que ele pode continuar vivo, de alguma maneira, em outra criança, por meio de seus órgãos.

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